Rock
'N' Roll
O rock’n’roll foi dos estilos musicais mais controversos já criados
na história da música. Surgiu em meados da década de 50, nos Estados
Unidos, oriundo, primordialmente, do blues e da country music
do sul daquele país. Desde seu nascimento, o rock gerou polêmica,
seja por causa da simplicidade de suas estruturas musicais, da
atitude transgressiva de seus executores ou da pretensa rebeldia
que de seus fãs emana. Os primeiros roqueiros, Bill Haley, Chuck
Berry, Little Richard e alguns outros, tornaram-se artistas de
espetacular sucesso justamente por causa dessas características,
o que os fez amados pelos jovens e odiados pelos pais conservadores.
Com o tempo, porém, o rock foi modificando-se, pulverizou-se numa
miríade de sub-estilos (rockabilly, punk, hard rock, heavy metal
etc.) e foi assimilado pela mídia e pela cultura ocidental como
um todo, enfim, transformou-se num produto de consumo cuidadosamente
articulado para ser lucrativo. Mesmo assim, ainda existe em seu
âmago as marcas que o acompanham desde sua concepção: rebeldia,
atitude, transgressão, anti-sociabilidade e muito, muito dinheiro
envolvido (como ficou provado com o surgimento dos Beatles, Rolling
Stones, Slade, The Who, Led Zeppelin, Kiss, Sex Pistols e de todos
os grandes nomes do gênero). Definir o que é o rock é impossível
em palavras. Para se ter idéia exata do que estamos falando, faz-se
necessária uma audição cuidadosa de clássicos como Roll Over Beethoven,
Help!, Satisfaction, Stairway To Heaven, Great Balls Of Fire,
Rock’n’Roll All Nite... Mas quem nunca as ouviu?
Rock no Brasil
O rock’n’roll espalhou-se por todo o planeta, ganhando características
próprias da cultura dos países que o adotaram. Como não podia
deixar de ser, o Brasil foi um destes lugares que recebeu o rock
de braços abertos, incorporando-o na maneira de ser de nosso povo.
Desde o surgimento do ritmo nos Estados Unidos, os brasileiros
aprenderam a apreciar os grupos e cantores que faziam sucesso
no resto do mundo. Já no final da década de 50 e começo da de
60, Sérgio Murilo e Celly Campelo recebiam os títulos de rei e
rainha do rock nacional, por causa dos covers que faziam e de
suas famosas composições "Marcianita" e "Broto
Legal". Pouco tempo depois, nossos músicos já começavam a
manifestar as influências sofridas pelo sucesso do rock, compondo
músicas neste estilo e, às vezes, até mesmo plagiando os estrangeiros.
O fenômeno conhecido como Jovem Guarda, que conquistou o Brasil
na década de 60, é um bom exemplo de como nossos artistas utilizavam-se
da cultura norte-americana. Os grandes hits de muitos dos grupos
daquela época eram covers traduzidos de músicas estrangeiras,
com arranjos levemente modificados. Cantores como Wanderléia,
Silvinha, Eduardo Araújo, Renato e seus Blue Caps, Jerry Adriani,
The Fevers, Golden Boys e muitos outros, tornaram-se famosos justamente
por causa destes covers. É claro que todos eles tinham suas próprias
canções, que também ganharam reconhecimento do público daqui mas,
sem dúvida, o primeiro impacto sempre era conseguido através de
um cover. Dois dos maiores compositores deste tempo eram Roberto
Carlos e Erasmo Carlos, cujas músicas fizeram muito sucesso
e foram cantadas por quase toda a turma da Jovem Guarda. Na verdade,
existia um grande rodízio de composições feitas e cantadas por
todos, como se a Jovem Guarda fosse uma grande família. A divulgação
dos brasileiros do rock’n’roll era feita através de um programa
televisivo transmitido nas tardes de domingo, chamado justamente
Jovem Guarda. E daí saiu a denominação do movimento. Nesta mesma
década de 60, surgiram outros grupos de rock que passariam a ter
grande importância no desenvolvimento do estilo no Brasil. Mais
precisamente em 1966, o país viu nascer o mais irreverente dos
grupos, cuja vocalista ruiva é considerada, até hoje, titia do
rock nacional. Os Mutantes, formado por Rita Lee, Sérgio Dias
e Arnaldo Baptista, nunca obtiveram grande sucesso comercial,
mas seu pioneirismo influenciou toda uma geração futura. O grupo
durou menos de dez anos e Rita Lee foi a única integrante que
conseguiu fazer sucesso com a carreira solo. No final desta década
e começo da próxima, o país viu surgir uma série de outras bandas,
como A Bolha, Bixo da Seda, Casa das Máquinas, Made in Brazil
e O Terço, que nunca chegaram a conseguir manter-se bem sucedidos,
apesar dos dois últimos citados existirem até hoje. O rock brasileiro
voltou à ativa no final dos anos 70 e começo dos 80, quando surgiu
uma série de grupos de diferentes estilos, alguns dos quais são
consagrados até hoje no país. No estilo rock blues, podemos citar
Barão Vermelho (do qual saiu Cazuza), Eduardo Dusek, Lobão, Rádio
Taxi e Azul 29. Dentre os que apostavam em letras bem humoradas
estão Blitz, Ultraje a Rigor e João Penca e seus Miquinhos Amestrados,
além do Camisa de Vênus, que fazia um som mais cru, totalmente
punk, e o Joelho de Porco. Os Paralamas do Sucesso apostaram na
mistura de ska com rock e acertaram, enquanto que os Titãs já
mudaram seu estilo inúmeras vezes, mas continuam fazendo parte
dos mais vendidos no Brasil. A década de 80 trouxe também vários
grupos punks cujas letras de protesto eram cantadas pelos jovens
mais pobres do país, chegando também a conquistar os de classe
média e alta. Ira!, Inocentes, Cólera, Ratos de Porão e Olho Seco
são alguns dos maiores representantes do estilo punk brasileiro.
Não se pode esquecer de citar o thrash metal competente de grupos
como Dorsal Atlântica e Sepultura. Este último só começou a fazer
sucesso no Brasil depois de ter vendido milhares de cópias na
Europa durante os anos 80, tornando-se o maior representante do
rock brasileiro no exterior. Nos anos 90, porém, o samba e o pagode
ganharam total espaço na mídia nacional, obscurecendo ótimos grupos
que surgiram no país. O mercado está praticamente fechado para
o rock’n’roll, que anda encontrando sérias dificuldades para continuar
existindo na cultura brasileira. Mesmo assim, grupos como Raimundos
e Angra, apesar de serem de estilos completamente diferentes (o
primeiro é punk e o segundo é power metal), andam abrindo algum
espaço para os que ainda devem surgir. Devagar e sempre, o rock
continua a desenvolver-se por aqui, chegando até mesmo a ter representantes
do black e death metala brasileiro, que já são conhecidos na Europa.
Dentre essa nova safra nacional estão grupos competentes como
o Prime Mover, Pitbulls on Crack, Zero Vision, Mistifyer, além
de inúmeros outros que mereciam maior espaço no cenário musical
brasileiro. Mesmo tendo voltado à condição de underground, que
sempre lhe foi característica, o rock continua forte em todo o
país, onde encontra apoio dos fãs e da mídia especializada.
Rock Inglês
O rock’n’roll foi uma invenção americana e isso é inegável. Aliás,
até os gêneros musicais que deram origem ao rock’n’roll - o country,
blues e rhythm’n’nblues - são de origem americana. Apenas daí
para trás é que podemos traçar outras "nacionalidades",
uma vez que a influência da música africana (cuja introdução na
sociedade americana do século XX deu-se graças aos escravos do
sul do país, que haviam herdado, mantido e revolucionado suas
tradições, mais ou menos o mesmo processo ocorrido com o samba
no Brasil, que é um ritmo brasileiro inquestionavelmente, mas
oriundo da música africana herdada pelos nossos escravos) no blues
e no R’n’B é fortíssima. Assim, do seu nascimento até a metade
da década de 60, o rock’n’roll praticamente relegou sua existência
aos Estados Unidos. Entretanto, havia uma cena incipiente em outros
países europeus, em especial na Inglaterra, e só faltava a explosão
de uma banda para que uma enxurrada de novos nomes viessem a segui-la.
E, enfim, vieram os Beatles. Se, no início, não passavam de uma
cópia de Chuck Berry e Gene Vincentn, ao longo dos anos foram
desenvolvendo estilo e personalidade próprias, até que estouraram
mundialmente em meados dos anos 60. Oriundos de Liverpool, começaram
copiando os americanos e, poucos anos mais tarde, estavam fazendo
muitos americanos copiarem-nos (o exemplo mais notório e grotesco
foram os Monkees). Isso pra não falar no caminho que eles (Beatles)
abriram para outras bandas inglesas, que, agora, eram a sensação
e a renovação do rock - estilo que começava, então, a tornar-se
um fenômeno mundial. Além dos Beatles, vieram da Grã-Bretanha
os Rolling Stones, The Searchers, The Animals, The Small Faces,
Dave Clark Five, The Kinks e outros menos famosos. Tais grupos
traziam mais atitude, mais rebeldia (a maior delas: os cabelos
compridos e desalinhados), mais qualidade musical e, sobretudo,
mais inovações do que o que vinha sendo feito paralelamente nos
EUA. A juventude inglesa sofria de frustrações tão grandes - ou
até maiores - quanto a americana, e isso foi de suma importância
para que fossem desenvolvidas as particularidades que emergiriam
do rock inglês. O estilo, naquele país, passaria por enormes e
profundas reviravoltas ao longo de sua existência, tornando-se
progressivamente mais visceral, mais pesado, mais distorcido,
mais sujo, mais obsceno. São produtos ingleses alguns dos nomes
mais revolucionários do rock em todos os tempos (e o rock daquele
país, talvez, só perca dos EUA em importância por não ter sido
o criador do gênero): Beatles, Rolling Stones, Black Sabbath (inventor
do heavy metal), Sex Pistols (consolidador do punk rock), Iron
Maiden (salvador do heavy metal) e muitos outros.
Brack Metal
Definir o que exatamente se conhece por black metal é extremamente
difícil, uma vez que as bandas são categorizadas sob esse nome
a partir da temática de suas letras, não de sua música (embora
isso esteja em vias de se modificar um pouco). Sem dúvida, quem
deu início ao gênero foi o Venom, quando, em 1982, lançou seu
clássico álbum "Black Metal". A partir de então, muitas
bandas com o mesmo tipo de proposta lírica (ou seja, satanista)
se formaram. Assim, convencionou-se que qualquer banda de heavy
metal que lançasse mão de temáticas satânicas em suas letras seria
uma banda de black metal. É por isso que o estilo abrange tamanha
variedade de grupos que, musicalmente, nada têm em comum. Por
exemplo: sem levar em conta as letras, o próprio Venom é um grupo
thrash; já o Deicide faz death metal. Ambos, porém, enquadram-se
sob o rótulo black metal. No início dos anos 80, o Venom foi o
grande nome do estilo, mas haviam outros, como o Bathory e o Hellhammer.
O underground europeu era o lugar onde proliferavam grupos black,
na mais violenta cena metálica já surgida. Nomes como Mayhem,
Rotting Christ e Tormentor, dentre muitos outros obscuros viviam
naqueles subterrâneos. Com a decadência do Venom a partir da metade
da década de 80, o fim do Hellhammer e a migração do Bathory para
outras propostas musicais, o black ficou relegado ao underground,
sem nunca, contudo, ter morrido. Aí, por volta de 92/93, o estilo
ressurgiu. Contribuíram muito para isso os países escandinavos,
que se mostrou um terreno fértil para o surgimento de bandas -
e polêmicas. Em especial na Noruega, o pessoal envolvido com o
black metal formava um grupo fechado e extremamente radical. Nessa
época, tal grupo iniciou uma série de ações terroristas, dentre
elas a queima de igrejas. Isso chamou a atenção da mídia musical
mundial, e logo foi despertada a curiosidade acerca da manifestação
musical por parte daquilo. O auge da cobertura da imprensa ocorreu
em 1994, quando Varg Vikernes, da banda norueguesa Burzum, assassinou
Euronymous, uma espécie de herói do black e membro do Mayhem.
Tornou-se impossível, então, conter a explosão do estilo, que
ainda hoje pode ser sentida. Entretanto, a temática já não é mais
simplesmente satânica. Tornou-se comum tratar da mitologia do
país do qual o grupo é oriundo (na Noruega, por exemplo, as bandas
falam dos vikings; na Inglaterra, das tradições celtas etc.) e
da natureza - também existem bandas com ideologia nazista. A disparidade
musical, contudo, continua, com conjuntos melódicos, outros ríspidos,
outros trabalhados, outros toscos, outros com influências hardcore,
outros com influências clássicas etc. Bandas do estilo, fora as
citadas: Beherit, Impaled Nazarene, Mortuary Drape, Immortal,
Darkthrone, Satyricon, Necromantia, Emperor, Cradle Of Filth,
Absu, Dark Funeral, Marduk, Dimmu Borgir, Falkenbach, Nastrond,
Graveland, Kohort, Acheron, Enslaved, Pazuzu, Vondur e muitas
outras (o estilo se encontra atualmente superlotado, em virtude
do bom momento que atravessa).
Death Metal
O death metal é descendente direto do thrash metal, sendo, basicamente,
o thrash tocado da forma mais rápida e pesada possível. Assim,
é natural que os primeiros conjuntos a fazerem algo semelhante
ao death tenham vindo da cena thrash. Grupos como Destruction,
Sodom, Possessed, Slayer, Messiah e Kreator, por exemplo, ainda
que não fossem death, já possuíam muitas das particularidades
do mesmo (assim como Deep Purple , Jimi Hendrix e Led Zeppelin
possuíam algo de heavy metal sem de fato pertencerem ao estilo)
e funcionaram como pais do estilo. Talvez a primeira banda a ter
soado realmente como death metal tenha sido o Hellhammer (que,
mais tarde, evoluiria e se transformaria no Celtic Frost). A partir
de então, surgiram nomes seminais do death, como Bathory, Morbid
Angel e Death. Pouco mais tarde, aquele metal rápido, pesadíssimo,
com vocais guturais e nenhum senso melódico já havia se expandido
irreversivelmente, tendo vivido seu melhor momento no final da
década de 80, inicial da de 90. Excetuando-se os já citados, nomes
importantes do death: Cannibal Corpse, Obituary, Pungent Stench,
Sadus, Entombed, Dismember, Therion, Deicide, Autopsy, Napalm
Death, Carcass, Monstrosity, Brutality, Hypocrisy, Sinister, Six
Feet Under e infinitos outros. A grande maioria dessas bandas
ainda está na ativa, pois são relativamente novas e o death metal
não encontrou, por enquanto, período de decadência muito acentuado.
Doom Metal
O nome doom metal é um dos mais genéricos e difíceis de situar
a descrever uma subdivisão do heavy metal. Em princípio, ele poderia
ser utilizado para descrever bandas tão díspares quanto coincidentes,
já que é usado para aquelas que lançam mão de um som sombrio,
pesado, lento, melancólico, depressivo, fúnebre e lúgubre. Mas
essas não são justamente as características primeiras do heavy
metal, cujo pai, o Black Sabbath, era justamente tudo isso? Bem,
sim, mas, atualmente, o que se chama doom metal é uma espécie
de subdivisão do death metal, algo igualmente pesado e extremo,
mas mais melancólico e com influências góticas. Nomes sinistros
como Trouble, Saint Vitus, Pentagram e o próprio Black Sabbath
foram influências decisivas sobre essas bandas, embora o nome
mais apropriado para defini-los seria doom rock. As bandas doom
por excelência são o Paradise Lost, My Dying Bride e Anathema.
Todas oriundas do death metal, conceberam uma sonoridade nova
quando deram uma freada no som, mantendo os vocais guturais, o
peso e a pouca acessibilidade e acrescentando toques góticos,
folclóricos e medievais a ele. Outros grupos logo passaram a fazer
isso também, formando uma cena. Sob o nome doom metal, uma miríade
de bandas distintas se alojam. Alguns nomes, fora os já citados:
Cathedral, Bethlehem, Let Me Dream, Yearning, Eterne, Godsend,
Opeth, Therion, Evereve, In Flames, Sirrah, Hefeystos, Lake Of
Tears, Dead Can Dance, Love Like Blood, Your Shapeless Beauty,
Ved Buens Ende, Misanthrope, Temperance e vários outros.
Folk Rock
A importância do folk rock no cenário do rock’n’ roll em geral
pode ser sentida na fama de Bob Dylan ou até mesmo nas raízes
dos Beatles que, antes mesmo de serem os Beatles, possuíam um
grupo de folk music. Folk, traduzido para o português, quer dizer
povo. Consequentemente, a música popular americana ou britânica
serviu como influência para vários grupos de rock destes países,
tornando-se mais fonte de transformação do próprio rock. É necessário
enfatizar que o conceito de música popular que estamos abrangendo
aqui é bem diferente daquele que temos em mente quando pensamos
em música popular brasileira. Nos Estados Unidos e Inglaterra,
folk music é aquela que não tem autor próprio, como as cantigas
de roda ou canções de ninar, que passam de pais para filhos durante
gerações, sem que seu verdadeiro autor seja mencionado. Outro
fator importante da folk music é que, através dos tempos, ela
foi sendo alterada, ganhando novas versões e novos sentidos que,
muitas vezes, são bem distintos de seus originais. Este tipo de
música surgiu basicamente na era da depressão, por volta dos anos
30, quando compositores desconhecidos cantarolavam pelas ruas
e em suas casas, transmitindo seus conceitos e idéias. Com o passar
dos anos, a folk music passou a ser usada como forma de expressão
política, refletindo os problemas e os desejos da sociedade ou
comunidade em que fora criada. Aliada ao rock, a folk music transformou-se
em folk rock, uma nova modalidade musical que misturava as letras
sérias e políticas do folk com as guitarras frenéticas do rock.
A transição de um estilo para outro, até a sua completa junção,
aconteceu durante os anos de sucesso de Bob Dylan , um dos maiores,
senão o maior, representantes deste tipo de música. Grupos e músicos
que apreciavam ambos os estilos musicais, e, obviamente, eram
influenciados por eles, passaram a mesclar tudo o que consideravam
ser o melhor das duas artes musicais. Em 1965, um grupo chamado
The Byrds, gravou a famosa "Mr. Tambourine Man", que
contém uma estranha combinação de guitarra elétrica de doze cordas,
mais uma guitarra comum, baixo e bateria. O resultado, que foi
chamado folk rock, fez com que a canção alcançasse os mais altos
postos nas paradas norte-americanas e britânicas, abrindo os olhos
do público para aquela nova forma de expressão. O disco "Mr.
Tambourine Man" continha claras influências do folk, uma
vez que trazia quatro covers de Bob Dylan, que vinham acompanhadas
por guitarras elétricas, baixo e bateria. No mesmo ano de 1965,
outras canções do grupo chegaram aos primeiros lugares das paradas,
estimulando a formação de várias outras bandas do mesmo estilo.
O The Byrds continuou a lançar sucessos, sendo considerado um
dos precursores do folk rock mundial. Outro grupo conhecido de
folk rock é o Buffalo Springfield, de Los Angeles, Califórnia.
Adotando também a fórmula que mistura a seriedade do folk com
a diversão do rock, a banda não durou muito mais do que dois anos,
mas tornou-se conhecida por suas músicas de protesto, como "For
What It’s Worth", por exemplo. Seu vocalista, Neil Young,
seguiu carreira solo, que foi impulsionada por este grupo, tornando-se
bastante conhecido no cenário musical. Além desta banda, a difusão
e o sucesso do folk rock trouxe também alguns artistas solo como
a cantora Joan Baez, que ficou conhecida após incluir um cover
de seu namorado, Bob Dylan, em seu disco, "Diamonds and Rust".
O cantor Donovan, um escocês que foi considerado uma das maiores
imitações de Dylan, também aproveitou a onda do folk rock e gravou
"This Machine Kills". Mesmo com um estilo não próprio,
a carreira de Donovan decolou e ele tornou-se o autor de vários
sucessos na década de 70 e começo da década de 80, lançando uma
série de discos que utilizavam tambores e outros instrumentos
diferenciados. Muitos foram os grupos e cantores de folk rock
e mais ainda foram aqueles influenciados por eles e que, consequentemente,
contém em sua música um pouco do espírito de protesto das décadas
de 60 e 70, com temas dos anos 80 e 90. Até mesmo bandas de outros
estilos de rock, como o heavy metal e o thrash metal, utilizam
o peso de suas guitarras para bradar os problemas do mundo de
hoje, tornando-se, então, discípulos do folk rock. A amplitude
do sentido folk rock é tão grande que nela podemos incluir, ao
mesmo tempo, Mamas and Papas, Paul Simon e Art Garfunkel, Donovan
e, se quisermos arriscar, Metallica e Sepultura. Claro que estes
últimos estão incluídos na lista por suas letras de protesto e
não pelo estilo de som que fazem mas, de qualquer maneira, encaixam-se
na enorme cadeia de bandas que fazem folk rock.
Heavy Metal
Heavy Metal é a denominação utilizada para caracterizar um estilo
musical descendente do rock’n’roll, que tornou-se muito popular
na décadas de 70 e 80. O comportamento tipicamente revoltado e
contra a sociedade aparecia nas letras agressivas e nos cabelos
compridos e roupas adotados pelos grupos deste estilo. Musicalmente
falando, os grupos de heavy metal normalmente fazem canções com
batidas rápidas e instrumentos, guitarras e baixo, distorcidos
acompanhadas por vocais gritados e solos intermináveis. A distorção
da guitarra, que ganhou um som metálico e muitos decibéis acima
do normal, rendeu ao estilo sua denominação, tornando-o especialmente
famoso dentre os jovens mais agitados. É claro que o heavy metal
não apareceu de uma hora para outra, tendo crescido e se desenvolvido
paralelamente ao rock praticado pela grande maioria dos músicos.
As experiências com instrumentos, volume, distorções e o virtuosismo
daqueles que sabiam tocar muito melhor do que a grande média da
população, contribuíram para o nascimento do metal, como é carinhosamente
chamado pelos seus fãs. Apesar de 1970 ser considerado o ano do
surgimento do estilo, muito antes disso, músicos como Jimi Hendrix,
Eric Clapton e bandas como o The Who já davam seus primeiros passos
em direção ao heavy metal, mesmo nunca tendo feito parte integral
dele. O conjunto inglês Black Sabbath é considerado o precursor
do heavy metal, assim como sua música "Paranoid", que
chegou às rádios em 1970. As letras que falavam de rituais macabros,
as guitarras distorcidas e o trabalho do vocalista logo chamaram
a atenção daqueles que já estavam enjoados dos ritmos ouvidos
até então. Daí para frente, outros grupos começaram a surgir diversificando
o estilo e difundindo o poder das guitarras, que agora eram instrumentos
de suma importância, pelo mundo afora. Com o sucesso do Black
Sabbath, apesar da polêmica que causava com suas letras, gravadoras
e outros membros da indústria da música se empenharam em encontrar
outras bandas para aumentar a gama que fazia parte do estilo.
Pouco tempo depois, o ritmo acelerado, o visual exagerado e o
virtuosismo apareceriam em bandas como Judas Priest, Deep Purple,
Iron Maiden, AC/DC, Metallica, Megadeth, Anthrax, Manowar e centenas,
milhares de outras que vieram com o passar dos anos, deixando
sua marca no estilo inventado por Ozzy Osbourne e sua turma. Dentre
os vários caminhos tomados pelo heavy metal desde o primeiro dia
de sua existência, o heavy metal se desmembrou em diversos pedaços.
Exatamente pelo fato da música ser o centro da criatividade e
vivência de seu criador, alguns grupos incluíram novos instrumentos,
novos estilos ou simplesmente adaptaram sua maneira de tocar o
heavy metal, para seu próprio prazer. Como aconteceu com o próprio
rock anos antes, o heavy metal foi inovado e ganhou novos estilos
dentro do seu, que vieram acompanhados por novas denominações,
na tentativa de melhor separar ou caracterizar os grupos. Um destes
estilos é o chamado thrash metal, que teve seu clímax nos anos
80 através de bandas como o Metallica, Megadeth, Exodus e Testament.
A diferença deste estilo para o heavy consiste, principalmente,
na velocidade das músicas e na agressividade da voz. A partir
do thrash, foi criado o black metal, representado por grupos como
o Venom e o Bathory, cujas letras sombrias e riffs de guitarra
marcados e pesados caracterizavam mais uma vertente do rock. Todo
o peso do black metal foi acelerado centenas de vezes por aqueles
que criaram o estilo mais agressivo e violento já saído do heavy
metal. Chamado de death metal, suas letras sangrentas e velocidade,
até então, inimaginável ganharam espaço dentre os ouvintes mais
radicais. Bons exemplos para este tipo de som são Deicide, Death,
Sodom e Morbid Angel. Seguindo na linha pesada, porém muito mais
lenta, com guitarras altamente distorcidas e vozes guturais, está
o doom metal. Além destas vertentes obscuras, existe também o
glam metal com suas maquiagens e roupas coloridas, visual feminino
e letras românticas, que conquistaram as garotas na década de
80. Seus maiores representantes são Slade, Kiss, Motley Crüe,
entre outros. A fusão do heavy metal com o rap e o funk originou
o funk metal, cujas principais características eram a utilização
de frases faladas e não cantadas, além de batidas tão marcadas
quanto às utilizadas pelos grupos de funk e rap. Os grupos Living
Colour, Red Hot Chilli Peppers e Beastie Boys são ótimos exemplos
para esta vertente do rock. Já o power metal, que ficou conhecido
com bandas como o Helloween, cuja mistura aparentemente impossível
de heavy metal com música clássica fez sucesso no mundo todo,
caracteriza-se por músicos extremamente virtuosos, incluindo o
vocalista, ritmo bastante acelerado e guitarras pouco distorcidas.
Alguns estudiosos do rock afiram a existência de centenas de outras
vertentes do heavy metal, cujas denominações foram criadas através
dos tempos na tentativa de definir melhor cada grupo diferente
que surgia. Nomes como speed metal, pop metal e muitos outros
apareceram para confundir ainda mais aqueles que gostam do estilo,
tornando praticamente impossível uma total classificação de todas
as denominações que levam o sobrenome metal. Outro fato que dificulta
bastante esta classificação é a questão de opinião de cada pessoa,
que pode encaixar um certo grupo em dois ou mais estilos de heavy
metal diferentes, porque este grupo pode soar como tais estilos.
Digamos, então, que o heavy metal tradicional originou uma série
de vertentes dentro de seu próprio ritmo, as quais servem para
definir melhor e especificar as bandas que se diferenciam entre
si. Mas, na verdade, não se pode esquecer de que todas estas vertentes
saíram de um só estilo, que ainda possui a melhor e mais abrangente
denominação para todos os grupos que utilizam guitarras distorcidas,
som alto e bateria acelerada: o heavy metal.
Grunge
Grunge é a denominação utilizada para caracterizar a grande gama
de grupos saídos de Seattle, Estados Unidos, no início da década
de 90. Principiantes ou não, estas bandas foram colocadas em um
só capítulo da história do rock, chamado grunge, cuja moda tomou
conta do mundo há alguns anos. Milhares de adolescentes ao redor
do mundo aderiram à esta nova maneira de ser que, como nos anos
60, quando o rock tomou conta do mundo, chocou os adultos e conservadores.
Cabelos compridos e despenteados, camisas de flanela amarradas
na cintura, camisetas de banda e bermudões largos compunham o
visual grunge, que colocava garotos e garotas dentro de um mesmo
estilo. A moda era ser anti-moda. Claro que o visual adotado por
estes adolescentes era copiado de suas bandas preferidas que,
muito antes de tudo isso, já se vestiam assim simplesmente por
gostarem. E foi nessa onda grunge que muitos se esqueceram do
verdadeiro significado, do verdadeiro motivo pelo qual os jovens
estavam se vestindo assim: a música. Musicalmente falando, o movimento
grunge continha grupos de rock com letras de protesto e um som
agressivo. Dizia-se que a geração X, como apelidaram os jovens
dos anos 90, havia crescido em um mundo liberal, mas sem futuro.
E eram justamente esses jovens que faziam parte das bandas grunge,
que gritavam para o mundo sua revolta contra tudo e contra todos.
A revista norte-americana Rolling Stone coloca o início do movimento
grunge no ano de 1988, quando o grupo Blood Circus lançou o álbum
"Two Way Street"/ "Six Foot Under". Além deste,
muitos outros grupos fizeram parte do movimento, cuja base musical
era misturar punk com heavy metal, obtendo um resultado tão agressivo
e gritante quanto suas letras. Soundgarden, Mudhoney, Alice in
Chains, Pearl Jam e Nirvana logo foram aclamados pelos fãs e pela
crítica, como sendo as bandas que melhor representavam o estilo.
Rádios, redes de televisão, revistas e toda a mídia mundial, fosse
ela especializada em música ou não, voltaram suas atenções para
estes grupos e seus maneirismos. Todos tentavam analisar e entender
o comportamento rebelde dos filhos da liberação sexual. O que
ninguém entendia, é que aquilo tudo não era para ser analisado,
mas sim para ser escutado. Com certeza, os dois maiores expoentes
da música grunge foram o Nirvana e o Pearl Jam. Ambos possuíam
vocalistas carismáticos que, com sua maneira simples de ser, de
encarar o público com desdém de quem está longe de querer ser
estrela, conquistaram a todos. Nirvana e Pearl Jam venderam milhões
de cópias e tocaram por todo o mundo, levando o grunge aos lugares
mais inimagináveis. Claro que ambos têm sua importância no cenário
musical mas, sem dúvida alguma, o Nirvana deve ser considerada
a maior banda dos anos 90, uma vez que arregimentou milhões de
fãs, vendeu milhões de discos e teve seu estilo musical imitado
por muitos outros grupos. O Nirvana, que tinha Kurt Cobain como
seu líder, foi o autor de clássicos como "Smells Like Teen
Spirit" e "Rape Me", figurantes do primeiro lugar
na lista dos mais pedidos. Kurt e sua voz gritada, o quebra-quebra
dos instrumentos e o problema com as drogas marcaram a carreira
meteórica desta banda, cujo fim foi causado pelo suicídio do vocalista,
em abril de 1994. Por outro lado, o Pearl Jam tinha uma atitude
bem menos agressiva, letras mais poéticas e músicas bem elaboradas,
como "Even Flow", primeiro grande hit do grupo. Com
o passar dos anos, e depois da morte de Kurt, que levou fãs de
todo o mundo à loucura, o cenário grunge foi sendo substituído,
ao menos nos Estados Unidos, pelo rock alternativo. Aos poucos,
bandas como o Pearl Jam e o Soundgarden foram ficando obscurecidas
e a vendagem de seus discos caíram à medida em que iam sendo lançados.
Neste ano de 1997, o Soundgarden anunciou sua dissolução, mesmo
depois do sucesso obtido no ano passado, quando se apresentaram
no festival que passa por todo os Estados Unidos, Lollapalooza.
Já o Alice in Chains, cujo vocalista passa mais tempo em clínicas
de tratamento contra drogas do que no palco, anda meio sumido
do cenário. Das bandas que surgiram após esta imensa onda grunge,
nenhuma se mostrou tão promissora quanto seus influenciadores.
E neste ritmo, a opção para quem gosta de grunge acaba por ser
ouvir os álbuns e ver os vídeos deixados pelo Nirvana ou pelo
Pearl Jam.
Hard Rock
Enquanto estilo musical, em tese o hardcore não especifica um
gênero em especial. A palavra hardcore é usada para definir algo
extremo, que chega aos limites de suas próprias características.
Por exemplo: um filme pornográfico hardcore é aquele que traz
as cenas mais ousadas, mais obscenas, mais fortes. Assim, por
esse raciocínio, hardcore poderia ser qualquer banda de qualquer
estilo, já que uma banda death metal hardcore seria aquela mais
pesada, mais rápida, mais inacessível aos não-iniciados no gênero.
Contudo, na história do rock, convencionou-se chamar de hardcore
os grupos que executam um som similar ao das bandas da segunda
geração punk britânica. A segunda geração britânica de bandas
punk surgiu no final da década de 70 quando, com o fim dos Sex
Pistols, o punk foi dado como morto naquele país. Porém, uma grande
cena underground, que não contava com o apoio e/ou cobertura da
mídia (como os conjuntos da primeira geração), interessada nas
novas modas, mantinha o punk rock vivo. Essa cena underground
era formada pelas bandas que viriam a ser as criadoras do hardcore,
um punk rock mais agressivo, mais tosco, mais direto, menos melódico
e infinitamente mais polêmico. Essas bandas foram responsáveis
também pela adoção de um visual pesadíssimo, pois seus integrantes
vestiam roupas rasgadas e/ou surradas sobrepostas por peças de
couro, correntes por todo lado, inúmeros piercings, tatuagens
e moicanos imensos. Os mais importantes nomes da segunda geração
punk britânica foram o The Exploited, o GBH e o Discharge. Obviamente,
cada uma das três possuíam suas particularidades sonoras e líricas
(bem como as bandas da primeira geração), mas eram parte de algo
único, um movimento menor, mas mais autêntico e que realmente
estava de acordo com sua música: suja, barulhenta, agressiva,
ofensiva, mal tocada. Ou seja, hardcore. Além das citadas, fizeram
parte em menor escala de importância (não de qualidade) da segunda
geração punk britânica: Dead Man’s Shadow, Vice Squad, Cockney
Rejects, Peter & The Test Tube Babies, The Lurkers, 999, Angelic
Upstairs, Varukers e outras. Mas o hardcore também se fez presente
em outras partes do mundo (e se faz até hoje). Alguns nomes: Terveet
Kädet, Rattus, Crass, M.O.B., D.R.I., Verbal Abuse, Suicidal Tendencies,
Descents, Agnostic Front, Cro-Mags, Murphy’s Law, Toxic Reasons,
Chaos UK, Skrewdriver, Electro Hippies, Circle Jerks, Extreme
Noise Terror, Disaster, S.O.B., Siege, Maniacs, Infernö, Larm,
Riot Squad, Crude SS, Anti-Cimex, Ratos de Porão, Kaaos, Doom
e inúmeros outros. Vale lembrar que alguns desses grupos possuíam
em meio ao seu material músicas praticamente punks (afinal, foi
dele que todas vieram) e outros já começavam a fazer aquilo que
pouco mais tarde se tornaria o grindcore.
Power Metal
No início da década de 80, quando a NWOBHM tomava de assalto as
paradas musicais e os ouvidos de todos os fãs de heavy metal do
mundo, começava a surgir nos porões europeus e americanos uma
forma mais agressiva e pesada de se fazer heavy metal, mas ainda
bastante técnica e preocupada com nuanças melódicas. Ainda que
esta não seja uma definição totalmente correta, pode-se dizer
que o power metal foi a ponte entre as bandas metálicas dos anos
70 (e, por extensão, da NWOBHM) e o thrash metal (que, pouco depois,
estouraria com Metallica, Slayer, Megadeth e outros). Os grupos
de power metal surgiram e desapareceram num espaço bastante curto
de tempo, sendo que alguns também se encaixam sob o rótulo thrash
e outros sob o rótulo heavy metal tradicional. Aqui, é impossível
dizermos quem começou o movimento (aliás, nunca se tratou disso).
O que podemos fazer é listar algumas bandas que fizeram power
metal em algum momento de sua carreira (mas quase todas elas principalmente
entre 1980 e 1985 mais ou menos, quando atravessaram seu auge).
Nomes de peso da tendência foram: Liege Lord, Manowar, Exciter,
Grave Digger, Oz, Iron Angel, Chariot, Agent Steel, Savage Grace,
Hirax, Sacrifice, Running Wild, Helloween, Rage, Anvil, Abbatoir,
Raven, Cirith Ungol, Mercyful Fate e alguns outros. Muitas dessas
bandas possuíam um lado quase thrash, mas eram muito mais melódicas
e não se encaixavam perfeitamente sob o rótulo. Por isso, cunhou-se
o nome speed metal para defini-las. Contudo, o termo é muito vago
e discutível (embora power metal também o seja) e é preferível
não usá-lo. Enfim, o que chamamos de power metal é uma música
pesada e intensa, mas sem a agressividade e urgência características
do thrash. Por outro lado, grupos que se enquadram nessa categoria
tampouco se parecem com os da NWOBHM, sendo razoavelmente mais
agressivos. Nesse hiato entre ambos, nesse pequeno intervalo da
história do heavy metal, apareceu o power.
Thrash Metal
Convencionou-se chamar de thrash metal a forma de se tocar heavy
metal surgida no início dos anos 80 e, embora seja extremamente
difícil precisar com exatidão quem e como se deu o nascimento
do gênero, bandas como Metallica, Exodus, Slayer e outras foram
decisivas em sua lapidação. Em poucas palavras, pode-se dizer
que o thrash metal é o heavy metal tocado de forma mais ríspida
e crua (daí seu envolvimento com o punk), mas mantendo a técnica,
o peso e a agressividade característicos do estilo. O thrash metal
viveu seu grande momento nos anos 80, época em que surgiram infinitos
grupos que perpetravam sua proposta. Alguns nomes importantes
dentro do thrash, excetuando-se os já citados: Testament, Megadeth,
Destruction, Xentrix, Nasty Savage, Whiplash, Overkill, Agent
Steel, Assassin, Kreator, Celtic Frost, Sepultura, Flotsam and
Jetsam, Coroner, Dark Angel, Nuclear Assault, At War, Iron Angel,
Possessed, Onslaught, Sodom, Tankard, Artillery, Sabbat, o brasileiro
Sepultura e muitos, muitos outros de menor expressão. Na primeira
metade da década de 90, o estilo entrou em franca decadência.
Muitas das bandas citadas encerraram suas atividades, algumas
mudaram de estilo e outras seguiram com a mesma proposta e caíram
no ostracismo. De qualquer forma, a importância do thrash para
a música pesada é inegável, tendo sido sua expressão mais importante
durante os anos 80 e fundamental para a lapidação do death metal.
Atualmente, grupos thrash ainda existem, com uma sonoridade ligeiramente
diferente, mas bem-sucedida. Dois grandes nomes desse cenário,
já bem menor do que aquele da década passada, são o Pantera e
o Machine Head.
OUTROS ESTILOS DE MÚSICAS
Techno
Surgiu no final dos anos 80, em Detroit, Estados Unidos, quando
os DJ's passaram a fundir elementos do funk aos ritmos seqüenciados
das baterias elétricas. Os vocais, muito raros, são filtrados
por efeitos digitais. A batida seca e pulsante desenvolve-se de
forma crescente.
Trance
Música eletrônica na sua vertente mais vanguardista, de
dança (batida 4x4 ou não), que induz ao ouvinte um estado de trance
devido é forte componente hipnótica e repetitiva que contém. Derivada
da evolução da música eletrônica industrial dos anos 80/90
(front 242, front line assembly, meat beat manifesto, skinny puppy),
é claro sem falar da musica psicodélica dos anos 70.
House
Invenção de DJs negros de Chicago (E.U.A) que chagaram a uma batida
forte e contagiante misturando bases melódicas dicas do soul e
da disco music com o som das baterias elétricas. No verão de 1977,
o ritmo invadiu o balneário de Ibiza, na Espanha, e foi levado
pelos ingleses para o reino Unido.
Jungle
Surgiu em Londres no inicio de 90 através da mistura do techno
e do balanço do rap com efeitos de repetição. Um dos fundadores
do estilo é o inglês Goldie.
Drum 'N' Bass
É a variação mais pop do jungle com linha de baixo bem marcada.
Exemplos: a dupla inglesa Everything But the Gitrl.
Trip Hop
É a vertente soul da música eletrônica, que mistura ruídos esquisitos
a um clima psicodélico. O inglês Tricky e a irlandansa Bjork são
os representantes.
Ambient
Não é pra ser dançado, normalmente é tocado nas salas de relaxamento
dos clubes. O som é originado de experiências músico inglês Brian
Eno. Possui um tom especial e puro. Orbital e Aphex Twin fazem
parte desse gênero.
Dark
Quando o jungle separou do Hardcore techno, o estilo que emergiu
foi o "dark". Isso é porque ele usa samples de filmes de ficção
científica ou terror e sons musicalmente ameaçadores. Possui
um pouco de ressurgimento, as batidas são muito para a frente.
As batidas são escassas e mais forte. |